“O que posso dizer nesta fase é que a Comissão está em contacto com as autoridades portuguesas relativamente a esta questão. Só muito recentemente recebemos informação das autoridades portuguesas sobre este assunto, e estamos a analisar. Mas resumindo, as notícias sobre quaisquer decisões da Comissão sobre este assunto não são corretas”, afirmou Ricardo Cardoso.
Questionado sobre é expectável uma decisão do executivo comunitário, Ricardo Cardoso disse ser “difícil antecipar nesta fase”, porque, insistiu, a Comissão “acabou de receber” a informação inicial por parte das autoridades portuguesas sobre o seu plano para injetar capital na CGD.
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu esta segunda-feira, em entrevista à TSF, que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode ser recapitalizada pelo Estado, desde essa operação seja semelhante à que um privado faria.
"Como uma questão de princípio, um Estado pode investir. Não tem de ser necessariamente Ajuda de Estado. Se o Estado investir como um investidor privado o faria, bem isso é excelente para nós e, claro, não é Ajuda de Estado", explicou a Comissária.
Vestager acrescentou que no executivo comunitário não tem preconceitos em relação à propriedade pública de um banco. "De maneira nenhuma. Nós somos neutros em relação à propriedade. Por isso, não há qualquer questão em relação à propriedade".