As empresas jovens e de pequena dimensão são as maiores criadoras de novos postos de trabalho. A conclusão é do estudo “Onde Nasce o Novo Emprego” realizado pela Informa D&B e que abrange os anos de 2007 a 2014.
A dimensão surge fortemente associada à criação de novo emprego, com as pequenas empresas (menos de 50 empregados) a representarem 63% na totalidade dos novos postos de trabalho criados no período em análise, percentagem que atingiu o máximo de 68% em 2013. Estas empresas, que em muitos casos são também empresas jovens, constituem 98% do tecido empresarial.
No mesmo período, as empresas jovens (até aos 5 anos), e que representam 35% do tecido empresarial, são responsáveis por 46% do novo emprego que é criado. Entre estas empresas, as start-ups (empresas com menos de 1 ano) são responsáveis pela criação de 18% do emprego.
2014 marca a recuperação
Ao contrário do que se verificou em anos anteriores, o ano de 2014 apresenta, em geral, uma inversão das tendências que se verificaram nos últimos anos, sendo o primeiro desde 2008 em que a criação de emprego foi superior à sua destruição. O crescimento do número de empresas ativas (+2%) e a estabilização do número médio de empregados por empresa (8) estão na base desta alteração, já que ambos os indicadores registavam uma diminuição desde 2008.
“Estes fenómenos e dinâmicas ocorridas no tecido empresarial nos últimos anos tiveram como consequência a alteração do perfil do novo emprego, refletindo-se na idade e dimensão das empresas que estão a criar mais emprego, bem como nos setores e regiões a que pertencem”, salienta o estudo.
Os setores das indústrias transformadoras e dos serviços acumulam quase metade (47%) da criação do novo emprego em 2014. Estes dois, mais a construção, retalho, alojamento e restauração representam mais de 80% do novo emprego.
“Os 3 subsetores dos serviços com maior criação de emprego concentram quase metade do novo emprego do setor, com destaque para as atividades do emprego que representam 23% da totalidade do setor. Nas indústrias transformadoras, os subsetores do vestuário, o ramo alimentar e os produtos metálicos representam quase metade do emprego criado pelo setor. Na construção, as atividades de promoção imobiliária e construção de edifícios são o subsetor mais expressivo, representando quase metade do emprego criado no setor”, acrescenta o documento.
Já a região Norte ultrapassou a região de Lisboa, em 2014, na criação de novo emprego, invertendo a tendência da média dos últimos anos (2007-2014), nos quais Lisboa lidera.
Este estudo identifica os fatores e segmentos de empresas determinantes para a criação de emprego durante este período e analisa especificamente as empresas públicas e privadas (sociedades comerciais) com atividade comercial em cada ano, não incluindo a banca e seguros, os empresários em nome individual, profissionais liberais, administração pública e o setor social.