Para o banco alemão Commerzbank, Portugal está "à beira da crise" e culpa o abrandamento da economia e a elevada dívida nacional.Ao mesmo tempo que, critica a inversão de políticas levada a cabo pelo governo de António Costa e que fez piorar as perspetivas para o futuro.
"Certamente há algumas boas razões para cepticismo: a economia em Portugal claramente perdeu ritmo", diz Ralph Solveen, diretor de economia no banco alemão, chamando ainda a atenção para os elevados juros da dívida que Portugal ainda regista, quando comparado com o resto da Zona Euro.
De acordo com o responsável, "o que é particularmente preocupante é o fraco desempenho do investimento", que apenas recuperou "ligeiramente" da forte queda na segunda metade de 2015. Mas também "a taxa de desemprego abrandou significativamente desde meados do ano passado". Como se não bastasse, também "as exportações abrandaram significativamente devido à mais fraca economia global".
Para Ralph Solveen, a "única coisa que sobra para impulsionar a economia, atualmente, é o consumo privado", mas ainda assim, "esta tendência positiva já não se baseia num forte aumento do emprego, como foi o caso, mas sim em efeitos de curto prazo como o baixo preço do petróleo, o maior salário mínimo e salários novamente mais elevados na função pública".