O governo quer que a nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) faça uma "auditoria independente" a todos os atos de gestão "praticados a partir de 2000".
O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças no final da reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira.
O governo "tomou a decisão de solicitar uma auditoria" para conter a "perturbação" que existe em torno do banco.e "atendendo a esta situação e à necessidade" de ter uma situação estável na CGD, justificou Mário Centeno, defendendo que "a Caixa não pode ser um instrumento partidário".
Esta auditoria, frisou, será feita "não obstante" todas as análises que foram feitas nos anos anteriores, pelo Banco de Portugal, Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e outras instituições.
Este anúncio surge no mesmo dia em que Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues pediu um parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a legitimidade da comissão de inquérito do PSD e CDS à Caixa Geral de Depósitos poder apreciar o processo em curso para a recapitalização do banco público.
A nova administração da Caixa, liderada por António Domingues, deverá entrar em funções no mês de julho.