Um homem de 63 anos foi ontem violentamente agredido no Cacém, após o jogo Bélgica-País de Gales. A vítima ficou em estado grave e a perder muito sangue mas seguiu para casa sem pedir ajuda. Em causa terá estado uma tentativa de assalto. Esta manhã foi salvo por dois elementos da PSP, que decidiram arrombar a porta perante as marcas de sangue que deixou no percurso.
Pouco passa das 9.30 quando a PSP recebeu uma comunicação dando conta de diversas poças de sangue nas escadas do n.º 11 da Rua Cardeal D. António Ribeiro, no Cacém. O alerta foi dado pelos moradores do prédio que só de manhã se depararam com o cenário.
Ao SOL uma testemunha contou que o carro de patrulha chegou poucos minutos depois do alerta e que os agentes seguiram o rasto do sangue – que terminava no primeiro andar do edifício. Após terem tocado à campainha várias vezes sem obterem qualquer resposta, e uma vez que se trata de alguém que vive sozinho, decidiram arrombar a porta.
De acordo com outras informações recolhidas, no interior os dois agentes da esquadra de Agualva-Cacém – Capelas e Torres – depararam-se com um homem muito débil, em estado de choque, com a cara e várias partes do corpo com marcas de grande violência.
A vítima foi de imediato transportada pelos bombeiros para o Hospital Amadora-Sintra, onde ainda se encontra.
Achava que se curava sozinho
As primeiras palavras que a vítima trocou com a polícia foi já na unidade hospitalar. Disse que se lembra de ter sido abordado ontem à noite por dois homens com cerca de 20 anos, logo após sair da churrasqueira onde assistiu ao jogo que definiu o próximo adversário de Portugal no Euro 2016.
Contou ainda que, após se aperceber de que o queriam assaltar, ofereceu resistência e acabou por ser violentamente agredido com murros e pontapés. Assim que os dois homens fugiram, decidiu levantar-se e ir para casa sem pedir ajuda, uma vez que acreditava que conseguiria tratar-se sozinho. Porém, ao chegar perdeu os sentidos e ficou a noite toda a perder sangue.
Apesar desta primeira versão, o SOL sabe que o homem ainda não foi ouvido formalmente dado o seu débil estado de saúde – entretanto mais estável.
A investigação vai agora continuar para tentar identificar os autores do crime, sendo já certo que o episódio não foi registado por nenhuma câmara de videovigilância.