Na véspera de o Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) se pronunciar em Bruxelas acerca dos processos de sanções a Portugal e Espanha devido aos défices excessivos, o Presidente da República junta no Palácio de Belém o Conselho de Estado para analisar a situação política e económica europeia e internacional.
Além da análise à vitória do sim no referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia, os conselheiros de Estado não deixarão seguramente de analisar as perspetivas da reunião do Ecofin, marcada para amanhã, terça-feira, da qual poderá sair a decisão de aplicar sanções a Portugal e Espanha à luz do procedimento por défice excessivo.
A reunião do órgão político de consulta do Presidente foi convocada em meados de junho, ainda antes de se conhecerem os resultados do referendo britânico e das legislativas em Espanha.
Esta é a segunda vez que Marcelo Rebelo de Sousa convoca o Conselho de Estado, um órgão com competência para se pronunciar sobre um conjunto de atos da responsabilidade do chefe de Estado.
A primeira reunião aconteceu a 7 de abril, menos de um mês após a posse (9 de março), e contou com a presença de dois convidados: o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.