O social-democrata José Eduardo Martins criticou a ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs. "Acho que ele fez mal", disse José Eduardo Martins, que fez parte do governo de Durão Barroso, na RTP.
José Eduardo Martins defendeu que a passagem de Durão Barroso da presidência da Comissão Europeia para a Goldman Sachs "deixa nas pessoas a impressão que as paredes são muito finas" entre política e a finança.
O ex-deputado do PSD lembrou que a União Europeia paga "reformas milionárias aos seus ex-políticos" e que esse facto deveria ser o "suficiente" para impedir este tipo de situações.
José Eduardo Martins é um dos críticos da liderança de Passos Coelho e distancia-se da posição assumida pelo líder do PSD. Passos assumiu ter ficado "muito satisfeito" com a notícia de que Durão Barroso vai ser presidente da Goldman Sachs.
As críticas mais duras ao ex-primeiro-ministro vieram da esquerda. Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do BE, disse que "não há vergonha na elite europeia da qual Durão Barroso faz parte". João Oliveira, do PCP, disse que esta nomeação confirma "a falta de transparência na forma como se transita de responsabilidades públicas para negócios privados, particularmente negócios com a envergadura que tem um banco internacional que atira para a bancarrota países inteiros em função dos seus interesses especulativos".