Segundo a missiva, enviada a 8 de junho à administração da CGD, que deveria encaminhá-la para a tutela, o regulador questiona em primeiro lugar o número de administradores do banco, recomendando que não seja mais do que 15. O governo propôs 19 elementos na administração de António Domingues.
Em segundo lugar, o BCE estranha que o presidente executivo seja o mesmo que o não executivo – Antonio Domingues, o gestor que transita da administração do BPI.
Segundo Marques Mendes, o BCE apontou ainda que vários membros deste conselho não têm experiência na banca. “O BCE recomenda que os administradores tenham experiência na banca, mesmo os não executivos”, revelou Mendes.
Neste ponto, a alusão do BCE seria para nomes como Leonor Beleza, Pedro Norton ou Bernardo Trindade, cuja carreira de gestão foi feita fora do sistema financeiro. Foram convidados por António Domingues para a administração da CGD. O “SOL” já havia adiantado que o BCE tinha reservas face a nomes como Leonor Beleza na administração.
Outro ponto suscitado é o potencial conflito de interesses em alguns elementos na administração e , por último, o regulador solicita que seja enviado de forma urgente um plano alternativo à capitalização pública. Ou seja, um plano com dinheiro de privados. “O Ministério das Finanças tem de dar explicações”, concluiu o comentador.