Portugal é dos países europeus onde é mais barato comprar casa, apesar de ter subido cinco lugares no ranking dos valores de habitação na Europa desde 2003. O preço médio da habitação no mercado nacional atinge quase os dois mil euros por metro quadrado, um valor acima dos 1741 euros por metro quadrado que eram cobrados há cinco anos. A conclusão é de um estudo realizado pela APEMIP.
Para o presidente da associação, esta valorização “reflete o potencial e a credibilidade do mercado imobiliário português”, mas chama ainda a atenção que, “em termos comparativos com os restantes países, é natural que o preço médio seja inferior, uma vez que se adequa ao nível de vida e poder de compra dos cidadãos portugueses”.
O que é certo é que a potencialidade de valorização deste segmento, aliado ao preço por metro quadrado torna este mercado muito atrativo para captar investimento estrangeiro. Essa realidade é visível pelas autorizações de residência para a atividade de investimento. Só nos primeiros seis meses do ano foram dadas mais de 2600 autorizações, das quais 2300 foi por via do requisito de aquisição de imóveis.
Em termos de investimento total, desde a sua criação, os Vistos Gold já trouxeram para Portugal mais de 2,2 mil milhões de euros, sendo que a aquisição de bens imóveis supera os 1,9 mil milhões de euros.
Reino Unido lidera ranking A verdade é que o preço por metro quadrado praticado em Portugal está ainda aquém dos valores cobrados por alguns países europeus. Exemplo disso, é o Reino Unido, em que o preço por metro quadrado ultrapassa os 25 mil euros. Também em França os valores são bastante acima face a Portugal com o preço por metro quadrado a atingir quase os 14 mil euros. Já em Itália, os valores rondam os seis mil euros por metro quadrado, enquanto em Espanha, o valor médio tem vindo a cair desde 2013, atingindo agora os 3400 euros por metro quadrado.
“Deste top 5 (Reino Unido, França, Espanha, Itália e Portugal), o único que valorizou, para além de Portugal foi o Reino Unido, situação que se deverá inverter devido ao Brexit, que afugentará o investimento estrangeiro para outros países europeus, entre os quais Portugal que tem todas as condições para receber estes investidores”, revela Luís Lima, acrescentando ainda que, “as discrepâncias entre os valores praticados nos diferentes países, fazem com que Portugal se destaque como um país interessante para o investimento imobiliário. Não só temos preços inferiores aos dos outros países, como registamos ainda um potencial de valorização”.
A par dos preços que são praticados no nosso país, o estudo evidencia ainda outras qualidades portuguesas, como é o caso do clima, da hospitalidade e da segurança. Umas características, que “lado a lado com as oportunidades que se abrem nos mercados de reabilitação urbana, arrendamento e turismo residencial, criam espaço para dinamizar o mercado imobiliário, apresentando-se como boas apostas para quem queira investir. Reunimos todas as condições para que este setor continue a ter um papel importante na recuperação económica do país”, conclui a APEMIP.