O Deutsche Bank registou um lucro de 232 milhões de euros no final do primeiro semestre do ano, o que representa uma quebra de 82,6% em relação a igual período de 2015.
Os números divulgados esta quarta-feira pelo maior banco da Alemanha revelam que os lucros foram de apenas 18 milhões no segundo trimestre, menos 97,7% do que no período homólogo do ano passado.
“Apesar do que os resultados mostram estamos satisfeitos com os progressos que estamos a realizar”, salientou John Cryan, o presidente executivo do banco, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados.
Cryan admitiu, no entanto, que se “se o actual ambiente económico fraco persistir” o banco vai precisar “de ser mais ambicioso no momento e na intensidade da nossa reestruturação”.
A necessidade de mais cortes nos custos e a possibilidade de o banco chumbar nos testes de stresse realizados pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) – cujos resultados serão divulgados amanhã – e que estão a suscitar especulação em torno de uma eventual necessidade de capital levaram as ações do banco a sofrer mais uma queda na sessão de ontem da bolsa. Desde o início do ano, o Deutsche já desvalorizou 45%.
O banco notificou, entretanto, o mercado sobre um evento de crédito que terá repercussões em vários produtos estruturados que montou sobre dívida da antiga Portugal Telecom.
A sucursal do banco alemão em Portugal fez a notificação aos detentores de 11 produtos diferentes que tinham obrigações da Portugal Telecom International Finance (PTIF).