António Costa afirmou que é necessário proceder-se a uma reforma das florestas para evitar os incêndios florestais.
“Os incêndios evitam-se reestruturando as florestas”, afirmou o primeiro-ministro, esta terça-feira, numa conferência de imprensa no Comando Nacional da Proteção Civil.
O primeiro-ministro destacou a reforma que foi feita há dez anos na proteção civil, mas realçou que, atualmente, é preciso criar-se uma floresta “mais resistente” e “mais sustentável”, de modo a que se torne numa “fonte de riqueza e não de ameaça”.
Uma reforma que consta do programa de governo e que deve ser executada “tão rapidamente quanto possível”.
Mais meios para a Madeira
Costa adiantou ainda que foi enviado hoje um dispositivo, com elementos da GNR, bombeiros e elementos do INEM, para ajudar a combater os fogos na Madeira.
O Governo Regional da Madeira solicitou, esta terça-feira, apoio ao continente para o combate aos incêndios.
Mecanismo de Proteção Civil da UE
O primeiro-ministro referiu também que foi acionado um pré-alerta para o Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, tendo em conta as previsões de temperaturas elevadas e ventos fortes para os próximos dias.
Este organismo europeu de proteção civil, que será acionado apenas caso seja necessário, também tem uma capacidade limitada, uma vez que Portugal não é o único país na Europa a lidar com incêndios, realçou.
Evitar comportamentos de risco
Costa apelou ainda à população que evite comportamentos de risco que possam originar incêndios e que devem ser evitados junto a florestas, como fumar, trabalhar com máquinas ou lançar foguetes.
“Não é por haver vento ou calor que há incêndios”, afirmou o primeiro-ministro, acrescentando que é o comportamento humano que está na origem dos incêndios.