Ricardo Ângelo falava aos jornalistas após uma reunião em Lisboa entre a associação e representantes do Ministério das Finanças, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), do Banco de Portugal e do consultor do Governo, o advogado Diogo Lacerda Machado.
O presidente da associação admitiu que a solução para os lesados é complexo – implica a constituição de um fundo que pagará indemnizações, sustentado inicialmente com verbas públicas – e que ainda haverá muitas reuniões, mas garantiu que o entendimento “já não há volta atrás”.
O grupo de trabalho que desenhou uma solução para os lesados do BES entregou há um mês e meio uma proposta consensual para ressarcir a maioria dos clientes. O ministério está desde então a analisar o acordo e, apesar de admitir que houve avanços na reunião de hoje, explica que ainda há questões a definir. “Houve progressos e terão lugar novas reuniões em breve. Estamos a trabalhar numa solução que não tenha impacto no défice”, indicou fonte oficial do Ministério das Finanças.