A Assembleia-geral do BPI foi adiada para dia 21 de setembro a pedido do CaixaBank. Os investidores aceitaram atrasar a discussão dos estatutos do banco por mais duas semanas.
Essa suspensão aconteceu após ter sido conhecido que o tribunal aceitou a providência cautelar do acionista Violas Ferreira Financial no sentido de não poder ser votada a proposta de alteração de estatutos apresentada pelo Conselho de Administração do banco.
A questão da desblindagem de estatutos tornou-se um assunto maior no BPI devido à 'guerra' que opõe os principais acionistas, o espanhol Caixabank e a angolana Santoro, de Isabel dos Santos, que não se entendem quer na redução da exposição do banco a Angola (por causa das regras do Banco Central Europeu), quer numa estratégia para o BPI.
Ainda esta segunda-feira, o jornal digital El Confidencial revelou ue o presidente da CriteriaCaixa, acionista maioritário do CaixaBank, Isidro Fainé, "pondera muito seriamente retirar a proposta de compra, face ao novo obstáculo judicial surgido para controlar o terceiro banco luso" e admitiu que estava "farto das boas palavras" das entidades reguladoras e do Governo de António Costa.
Já esta manhã, as ações do BPI foram suspensas pela CMVM, de forma a evitar a especulação em torno da possível desistência do CaixaBank e dos resultados da assembleia geral de hoje, que se tornaram conhecidos agora.