Paulo Rangel afirmou, esta terça-feira, que a polémica em torno de Durão Barroso terá como objetivo enfraquecer a candidatura de António Guterres a líder das Nações Unidas.
“A Comissão está muito ativa na promoção de uma candidatura à secretaria-geral da ONU, que é a candidatura da vice-presidente [Kristalina] Georgieva. Não é por acaso que, na mesma altura em que o chefe de Departamento do Sr. Juncker faz um apoio explícito a essa eventual candidatura, procura-se manchar a conduta de um português para talvez enfraquecer uma candidatura portuguesa que é neste momento a mais forte”, afirmou o eurodeputado do PSD à RTP.
O social-democrata não fala em ‘complô’, mas defende que há comissários “que são colegas de Georgieva” e que “terão essa simpatia”.
Recorde-se que o Presidente da Comissão Europeia decidiu retirar o estatuto de ex-presidente da Comissão a Durão Barroso por este ter aceitado o cargo de administrador não executivo do Goldman Sachs International.
O ex-primeiro-ministro português, que passará a ser tratado como um simples lobista (representante de interesses privados), acusou a instituição de estar a ser “discriminatória” e “inconsciente”.
“Tem sido entendido que o mero facto de estar a trabalhar para o Goldman Sachs levanta questões de integridade. Embora respeite que todos têm direito à sua opinião, as regras são claras e devem ser respeitadas. Estes protestos não têm qualquer base nem qualquer mérito. São discriminatórios para mim e para o Goldman Sachs”, defende Durão Barroso.