Santana Lopes rejeita que a candidatura de Assunção Cristas seja uma ameaça ao PSD e critica o nervosismo do partido com as eleições para a câmara de Lisboa. "O que acho curioso é o nervosismo do centro-direita. Ninguém pergunta quem é o candidato do PCP e do BE. Ninguém pergunta ao dr. Medina quando é que apresenta a sua candidatura. E o centro direita dá isto tudo de borla", disse Santana, no seu comentário na SIC-Notícias.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa garantiu que aprecia as "qualidades" de Assunção Cristas, mas recusou que a candidatura da líder do CDS seja um xeque-mate – expressão utilizada por Marques Mendes – ao PSD. Para Santana Lopes dizer-se que "o PSD fica em xeque-mate" só demonstra "falta de confiança nos recursos próprios".
Santana mostrou-se favorável a que o PSD concorra sozinho em Lisboa e lembrou que em 2001, quando venceu a câmara a João Soares, foi sem coligação e "correu bem". Uma coligação com o CDS, acrescentou, impede o PSD de conquistar mais votos à esquerda.
Santana voltou a defender que este não é o tempo para o PSD apresentar o candidato à câmara de Lisboa. "Tem seis meses. Até Março".
Passos Coelho já sugeriu aos que no PSD possam estar "mais ansiosos" a "respirarem fundo". As declarações de Passos surgiram depois de o coordenador autárquico do PSD Carlos Carreiras ter afirmado à revista Sábado que "o partido não pode ficar refém" da indecisão de Santana Lopes. Uma declaração que não terá agradado a Santana Lopes.