O parecer do Conselho de Finanças Públicas divulgado quinta-feira e a estagnação da economia, entre outros fatores, fizeram soar os alarmes nos mercados e os resultados estão à vista.
O risco da dívida portuguesa, medido pelo diferencial entre os juros que os investidores exigem para comprar dívida portuguesa em detrimento da alemã, disparou ontem para máximos de sete meses.
Este agravamento surge numa sessão em que a yield da dívida pública portuguesa está de novo em alta, contrariando a tendência de alívio registado na restante dívida europeia. Os juros da dívida portuguesa a 10 anos agravam-se em seis pontos base, para 3,49%, atingindo assim um novo máximo desde 27 de junho (período de turbulência nos mercados devido ao referendo que ditou o Brexit).
Em Espanha o juro da dívida a 10 anos desce 1 ponto base para 1,07% e na dívida italiana com a mesma maturidade a yield desce 2 pontos base para 1,31%. No espaço de pouco mais de uma semana o prémio de risco da dívida portuguesa agravou-se em 50 pontos base, já que a 8 de setembro a yield das obrigações do Tesouro a 10 anos situava-se abaixo dos 3%.