De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), este valor compara com com 4,6% em igual período do ano passado.
O INE destaca ainda a melhoria do saldo das contas do Estado que se verificou tanto no que respeita à contabilidade nacional, como à contabilidade pública. Do lado da receita, muito pesou a subida da cobrança nos impostos sobre a produção e importação. Já do lado da despesa, o destaque acaba por ser a queda das despesas com capital, que afundaram 37%, o que em parte pode ser explicado pela redução dos aumentos de capital nas empresas públicas.
Ainda assim, os valores continuam acima das metas que foram estabelecidas para este ano: para o Governo, 2,2%; para a Comissão Europeia, 2,5% do PIB.
Aos jornalistas, Mário Centeno, a comentar os dados divulgados pelo INE, defendeu que a execução orçamental «está no bom caminho»: «Apesar de o exercício orçamental de 2016 ser de grande exigência, assiste-se a uma redução muito significativa do défice face ao ano anterior.»
O ministro das Finanças mostra ainda não ter dúvidas quanto à meta orçamental. Para Mário Centeno é importante sublinhar que «a melhoria do défice em 2016 é de 1542 milhões de euros – mais uma vez uma melhoria superior àquela que está prevista para o conjunto do ano, que era de cerca de 1300 milhões de euros. Estamos portanto perante um fator de confiança na economia portuguesa. A meta orçamental deverá ser atingida sem colocar em causa a coesão social e num contexto de reforço da credibilidade das contas públicas».