E a escolha da data não é inocente. É que segundo a Constituição daquele país, só poderá haver eleições antecipadas se o presidente deposto tiver mais de dois anos de mandato para cumprir – no caso de Maduro, este prazo esgota-se a 10 de fevereiro.
Neste sentido, mesmo que o referendo revogatório se venha a realizar e se dele resultar a queda do atual líder, o poder passará automaticamente para as mãos do seu vice-presidente, Aristóbulo Istúriz, prolongando a liderança chavista até ao início de 2019.
Para além disso, a autoridade eleitoral da Venezuela estabeleceu regras bastante apertadas para a que o referendo possa ser feito. Segundo a CNE, terão de ser recolhidas cerca de 4 milhões de assinaturas, entre os dias 26 e 28 de outubro.