Os trabalhadores da TAP mostraram-se esta sexta-feira descontentes com o projeto apresentado pela consultora Boston Consulting Group (BCG), que defende que a companhia deve colocar em marcha o que adjetiva como “programa ambicioso” para permitir uma poupança que pode ser chegar aos 200 milhões euros.
No entanto, o estudo não foi bem recebido pelos trabalhadores da companhia aérea, que falam mesmo de “declaração de guerra” e já pediram ao Governo que tome uma posição que permita garantir a defesa da companhia aérea.
"Esse estudo levantou naturais preocupações no conjunto dos trabalhadores do grupo TAP, na medida em que aponta para um vasto conjunto de medidas de reestruturação da TAP que implicariam a sua significativa redução e descaracterização, além de significar uma literal declaração de guerra aos trabalhadores, tantos os despedimentos, redução de direitos e degradação das condições de trabalho ali previstas", sublinha a Comissão de Trabalhadores da companhia aérea.
Para os trabalhadores da transportadora, não é desta forma que a TAP conseguirá crescer e consideram que se trata de uma análise que “não merece qualquer consideração técnica”.
A CT esclarece ainda que o estudo contém o que consideram ser “um conjunto de ameaças”. Um dos pontos do projeto para transformar a TAP numa “companhia mais eficiente” envolve pilotos e tripulantes e visa a renegociação dos acordos de empresa, assim como prevê o ajustamento do número de assistentes de bordo ao mínimo exigido por voo.
No entanto, de acordo com a TAP, as medidas deverão ser discutidas com os trabalhadores. A companhia garante que nenhuma medida deste programa de poupança foi ainda aprovada.