Mariana Mortágua esteve ontem reunida com elementos da Associação de Lesados do Banif, em Ponta Delgada, nos Açores, e saiu do encontro com a ideia de que a solução para quem se sente enganado tem de passar pelo banco que comprou o Banif, o Santander. Por isso, acredita a deputada do BE, será preciso manter a pressão para que o assunto não caia no esquecimento e seja encontrada uma solução para quem perdeu as suas poupanças.
“Nós defendemos e achamos que era importante o Santander ter tido respeito por estas pessoas e ter uma atitude de respeito para com a região e entendemos, por isso, que é necessário fazer pressão sobre o Santander para que o Santander possa fazer aquilo que prometeu, que é encontrar uma solução digna para estas pessoas que foram lesadas”, afirmou Mortágua, atacando a forma como o banco espanhol tentou resolver o problema.
“A solução que o Santander acabou por apresentar era uma solução que até feria a suscetibilidade das pessoas porque obrigava-as a investir um montante igual àquele que perderam no mesmo tipo de produtos”, recordou a dirigente bloquista, lembrando as responsabilidades de uma instituição à qual “o Banif foi entregue praticamente de graça”, conseguindo dessa forma tornar-se num “banco importantíssimo na região” dos Açores.
Sobre a forma mais eficaz de pressionar o Santander, a palavra ficou para a cabeça de lista do BE por São Miguel às eleições regionais, Zuraida Soares.
“Há uma linguagem que os bancos entendem, é a linguagem do dinheiro e a única forma de fazer pressão sobre um banco é retirar-lhe dinheiro, depósitos, negócios”, defendeu.