Futebol. Maradona nega dívida de 40 milhões ao Fisco italiano

Antigo craque argentino diz-se perseguido pela Justiça italiana

Acusado de fraude fiscal em Itália há 25 anos, desde os tempos em que jogava no Nápoles, Diego Maradona voltou a garantir que não deve nada a ninguém, afirmando-se ainda irredutível na recusa em pagar os mais de 40 milhões de euros que supostamente terá em dívida ao Fisco italiano. "Desses mais de 40 milhões de euros, 35 são de juros e multas, por alegada evasão fiscal, considerada inexistente por todos os juízes", afirmou agora o antigo craque argentino, numa entrevista ao diário italiano "Corriere della Sera".

No seu projeto de orçamento para 2017, o Governo italiano introduziu mesmo uma disposição que anula juros e multas devidas por falta de pagamento de impostos, mas Maradona nem quer saber do assunto. "Eu não devo nada a ninguém e, apesar de ser inocente, sou tratado como um dos piores criminosos do mundo. Eu sou o único no mundo a quem foram apreendidos brincos e relógios", atirou ainda o antigo internacional argentino, pedindo que investigadores "estudem melhor o caso" para chegarem à conclusão que não existe qualquer dívida da sua parte.

Maradona, recorde-se, foi condenado em 2005 pelo Supremo Tribunal de Itália ao pagamento de 37,2 milhões de euros, dos quais 23,5 milhões de juros, por dívidas ao fisco. Agora, o valor já ascende a mais de 40 milhões. Em 2006, o fisco italiano apreendeu ao argentino dois relógios de luxo, avaliados em 11 milhões de euros, quando se encontrava em Nápoles para um jogo de beneficência, e, em 2009, um par de brincos com brilhantes que foi leiloado por 25 mil euros.