Passa cada vez mais tempo no estrangeiro e tem evitado criticar o seu sucessor Tiago Brandão Rodrigues. Mas vê no Ministério da Educação uma «política de negação» em relação ao que fez. E acredita que o que mais o separa do atual ministro é a sua consciência da importância da avaliação de alunos e professores. Acha que em breve as reformas de docentes vão levar a grandes necessidades de contratação e lamenta que essas entradas se façam sem uma prova de avaliação de conhecimentos aos candidatos a professor.
Como é que é a primeira semana a seguir a deixar de ser ministro?
É de um grande alívio. É pensar: vou ter tempo para descansar, vou ter tempo para mim, para pensar.
Há um sentimento de missão cumprida?
Sim, claro. Uma missão cumprida. Acabou. Só houve até agora quatro ministros da Educação que fizeram o mandato completo. E o meu foi dos mais longos.
Foi dos poucos ministros que não transitaram para o Governo que acabou por ser dos mais curtos da História…
Eu tinha dito de início que não queria ficar. Nem seria muito normal que ficasse. Seria a primeira vez na História que um ministro da Educação teria dois mandatos seguidos (risos).
Não ficaria em nenhuma circunstância?
Não. Se não o disse de uma maneira muito decidida e muito determinante foi porque acho que são coisas que cabe ao primeiro-ministro dizer. Mas já tinha dito ao primeiro-ministro várias vezes.
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