O Banco Popular vai encerrar 47 agências e despedir quase 300 trabalhadores no mercado português no âmbito do seu plano de reestruturação. Este ajuste vai decorrer até ao final do ano e irá incluir saídas através de processos de reformas e por via da celebração de acordos de cessação dos contratos de trabalho. O alerta foi dado pelo Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) que deu ainda a garantia que a instituição financeira se comprometeu a abrir um processo de candidaturas voluntárias, conducentes a rescisões de contrato por mútuo acordo (RMA), com condições bastante superiores às estabelecidas na lei.
"As condições finais a apresentar pelo banco aos seus trabalhadores estão ainda em negociações e o SNQTB está a convocar os seus sócios para plenários a realizar em várias cidades no país nos próximos dias. Nessas reuniões serão prestadas todas as informações que então se encontrem disponíveis", afirma Paulo Marcos, presidente do SNQTB. O responsável chamou ainda a atenção para o facto do Banco Popular reafirmar a vontade de continuar em Portugal, "agora com uma aposta renovada nas pequenas e médias empresas".
Este anúncio surge depois do Banco Popular ter revelado que, em Espanha, tinha chegado a acordo com os sindicatos para a saída de 2592 trabalhadores.