Cerca de 13% dos portugueses inquiridos referem que o seu poder de compra diminuiu face ao ano anterior, um valor que em 2015 se fixava nos 23%. A percentagem de consumidores a mencionar uma diminuição do poder de compra tem vindo a baixar desde 2013, ano em que atingia os 65%.
Neste momento, a grande maioria dos consumidores (80%) sente que o seu poder de compra se manteve. De acordo com dados do Observador Cetelem, que analisou o consumo em Portugal e as intenções de compra para o Natal, apenas 3% indicam que o seu poder de compra aumentou este ano.
Já questionados sobre o futuro, 76% dos consumidores esperam que o seu poder de compra se mantenha estável em 2017 e 3% afirmam mesmo que este poderá aumentar. Em relação aos consumidores que preveem perder poder de compra, estes passaram de 20% para 10% este ano, mantendo a tendência que se tem registado desde 2013.
Numa análise mais pormenorizada, verifica-se que são as mulheres (17%) e a geração entre os 55-65 anos (27%) quem mais sente a diminuição do poder de compra. É também esta última a mais pessimista em relação ao futuro: 19% perspetiva perder poder de compra em 2017.
Geograficamente, contata-se que é em Lisboa que os consumidores mais que os consumidores mais manifestam ter perdido poder de compra no último ano (20%). No Porto, apenas 5% consideram que a situação piorou face a 2015
Este estudo foi desenvolvido em colaboração com a Nielsen, tendo sido realizados 600 inquéritos por telefone, a indivíduos de Portugal continental, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, entre os dias 26 e 28 de setembro de 2016. O erro máximo é de +4.0 para um intervalo de confiança de 95%.