O partido Livre acusa o PNR de tentar interromper uma sessão sobre a eleição de Donald Trump e acusa os nacionalistas de extrema direita de intimidação.
Segundo o Livre, cerca de 20 militantes que tinham estado momentos antes em protesto contra uma manifestação pela legalização de imigrantes tentaram interromper uma sessão pública sobre as possíveis consequências do recente resultado das eleições
"Os elementos deste partido nacionalista de extrema-direita tentaram entrar na sede do LIVRE mas não conseguiram interromper o debate, graças também ao excelente trabalho da Polícia de Segurança Pública – que não queremos deixar de agradecer", lê-se numa nota enviada pelo partido às redações.
Em comunicado, o Livre agradece "todas as manifestações de solidariedade, e nomeadamente a do Bloco de Esquerda que enviou três representantes" à sede do partido na Praça do Chile.
Para os militantes do Livre, "acontecimentos como o de hoje põem em causa os princípios mais básicos da nossa democracia, como o da liberdade de expressão ou de associação" e vêm comprovar a teoria de que a eleição de Trump pode legitimar protestos de índole nacionalista.
O Livre acha mesmo que "os resultados das eleições americanas e do referendo Brexit, entre outros, permitiram uma legitimação de sentimentos proto-fascistas".
O Livre defende que "o crescente eco que o discurso populista e ultranacionalista consegue ter hoje junto de tantos cidadãos – nos Estados Unidos e não só – é angustiante e preocupante" e que "a intolerância não é nem nunca será legítima".
"É urgente juntarmos forças para contrariar esta tendência do medo “do outro” e daquilo que é diferente, do regresso aos egoísmos nacionais e da rejeição do cosmopolitismo, da solidariedade e da fraternidade", apela o partido.