Segundo o World Energy Outlook da Agência Internacional de Energia (AIE) as políticas públicas, bem como a redução dos custos de produção permitirão uma duplicação do uso de energias renováveis, bem como da melhoria da eficiência energética nos próximos 25 anos. O gás natural terá um papel cada vez maior, e o carvão e o petróleo menor importância.
“Vemos vencedores claros para os próximos 25 anos – gás natural, e especialmente energia solar e eólica”, diz Faith Birol. “Mas o futuro da energia global não terá apenas uma narrativa: na prática serão as políticas públicas a determinar o caminho”, acrescenta o diretor da AIE.
Em relação ao petróleo, a AIE prevê que o consumo global não deverá atingir um pico antes de 2040, o que mantém inalteradas as perspetivas de longo prazo para oferta e procura mesmo com a entrada em vigor do Acordo de Paris – que tem como objetivo reduzir a dependência global dos combustíveis fósseis e tentar limitar o aumento da temperatura média global.
No seu cenário base, a IEA aponta para uma procura de 103,5 milhões de barris de petróleo por dia em 2040 (em 2015 foram 92,5 milhões) com a Índia como principal fonte de crescimento e a China a ultrapassar os EUA como maior consumidor.