Pedro Santana Lopes não esquece a liderança do PSD. Depois de Rui Rio se assumir como potencial candidato à sucessão de Passos Coelho no próximo congresso, o partido mexeu-se. Olha para Santana e Santana vai olhando de volta.
Seis décadas de vida e três possibilidades. Pedro Santana Lopes é desejado pelo partido como solução ideal para uma candidatura à Câmara Municipal de Lisboa e o Palácio de Belém é naturalmente encarado como destino final de uma carreira política já longa. Há, no entanto, uma terceira porta em torno de Pedro Santana Lopes e esta vai-se abrindo: a liderança do partido. E Santana não exclui candidatar-se.
O SOL sabe que a candidatura de Rui Rio não é consensual e que os bons resultados económicos e as boas sondagens do governo do Partido Socialista levaram alguns militantes a falar com Santana Lopes. A persistência de Pedro Passos Coelho no mesmo discurso não agrada e aparentemente não é só a Marques Mendes. Sociais-democratas favoráveis a uma via alternativa e dirigentes com algum receio de possíveis maus resultados eleitorais inquiriram junto do Provedor acerca da sua disponibilidade.
Sobre a Câmara da capital, Satana têm-se reservado ao máximo silêncio perante o surgimento de Assunção Cristas e a proximidade de um apoio do PSD à líder do CDS. A centrista não demonstra disponibilidade para uma coligação que envolva abdicar de ser presidente da autarquia, descartando opções como presidente da assembleia municipal ou vice-presidente de uma figura do PSD; sendo essa figura Santana Lopes ou qualquer outro. O facto de ninguém – nem o próprio – saber com certeza se Marcelo Rebelo de Sousa se candidata a segundo mandato presidencial também mexe com as contas do centro-direita.
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