Bruxelas foi clara: “O novo plano de atividades para a CGD foi apresentado à Comissão pelas autoridades portuguesas, que também consideraram necessário que o então futuro conselho de administração da CGD (que, entretanto, foi nomeado) participasse em algumas das reuniões e fosse informado sobre requisitos em matéria de auxílios estatais”, respondeu a Comissão Europeia a uma pergunta do eurodeputado José Manuel Fernandes.
A afirmação desmente António Domingues. O presidente da Caixa Geral de Depósitos havia negado que tivesse “acesso a qualquer informação” antes de ser empossado como administrador da Caixa, respondendo a uma crítica de Pedro Passos Coelho.
O líder da oposição criticara o governo do PS por “fazer um processo de reestruturação preparado por quem nem era ainda administrador do banco”. Domingues respondera a Passos Coelho, desmentindo-o, mas Bruxelas veio hoje confirmar a versão do líder do PSD.
Junta-se assim mais uma polémica à nova administração da Caixa Geral de Depósitos depois da demora dos gestores de António Domingues entregarem as suas declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional.