António Costa disse lamentar a decisão de António Domingues de renunciar ao cargo de presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas ressalva que a lei tem de ser respeitada, mesmo quando não se concorda com a mesma.
“O Governo lamenta esta decisão, mas em democracia temos de respeitar a legislação aprovada pela Assembleia da República mesmo quando não concordamos com ela”, afirmou o primeiro-ministro, citado pelo Observador, acrescentando que as razões que levaram à demissão de Domingues “são conhecidas”.
Costa sublinhou ainda que o importante é o banco público ter o quanto antes uma nova administração para avançar com o plano de recapitalização. “Esta semana iremos apresentar ao Mecanismo de Supervisão Europeia um novo nome para liderar a Caixa”.
O primeiro-ministro não quis, contudo, avançar com nomes para sucederem a Domingues, argumentando que “torrar nomes na opinião pública” antes destes serem analisados pelas instituições europeias seria a pior coisa a fazer.
Recorde-se que, há umas semanas, o Jornal de Negócios e a TSF avançaram que o Governo já tinha pensado em alguns nomes caso a administração do banco público se demitisse em massa: Paulo Macedo, ex-ministro da saúde, Carlos Tavares, ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Nuno Amado, presidente do BCP.