CGD. PCP e BE querem próximo presidente com salário mais baixo

As remunerações dos gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) geraram sempre polémica entre os partidos de esquerda

Para o PCP e o Bloco de Esquerda, o Governo deve aproveitar a saída de António Domingues da liderança da Caixa Geral de Depósitos para baixar o salário do próximo presidente.

"O Bloco sempre considerou o salário excessivo, é importante corrigir isso mesmo" ,adiantou fonte dos bloquistas ao Jornal de Negócios. O líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira, vai mais longe e considera que o Executivo devia “alterar as regras de remunerações dos gestores públicos nos termos em que o PCP tem proposto”.

Os salários dos gestores do banco público geraram sempre polémica entre os partidos de esquerda. O PCP e o BE defendem que o salário do líder da CGD não deve ser superior ao do primeiro-ministro (cerca de 6.500 euros por mês), mas o PS e o PSD têm chumbado estas propostas dos dois partidos.

Recorde-se que o Governo tinha estabelecido que o salário anual de António Domingues seria de 30 mil euros por mês (423 mil euros ano), ao qual se poderia acrescentar uma remuneração variável consoante o desempenho do presidente.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, argumentou que este salário foi calculado tendo por base a mediana dos salários do setor bancário.