E como se faz esse caminho? O também economista explicou: “desde logo pela passagem para o direito português dos diversos contratos da dívida externa, para que esta seja depois paga em moeda nacional [escudo] e não em euros”.
Para o membro do comité central do PCP, que falava durante o segundo dia de trabalhos do XX Congresso do partido, em Almada, Portugal deve “encarar de frente” a dívida e antecipar as consequências de “uma nova explosão” do capitalismo e da EU, a qual “pode ditar saídas inesperadas”.
“É urgente o país estar preparado”, apontou, classificando a “questão da dívida como central” porque é “um garrote que asfixia a economia” portuguesa com as taxas de juro.
O dirigente comunista considerou também que a moeda única tem sido “um fator de perda de competitividade e desequilíbrio externo” da economia nacional, além de se constituir como “um travão ao crescimento das exportações”.
“Não se pode ter a ilusão que a positiva política de combate às medidas de austeridade e uma política expansionista, só por si, resolvem os problemas. As ilusões pagam-se caras. O PS não se iluda. É preciso passar para outro patamar de exigência e de negociação” com Bruxelas, concluiu.