Se o jantar de Natal do grupo parlamentar do PSD já serviu para um "que se lixem as eleições", desta vez as autárquicas não entraram no menu.
Passos Coelho mantém-se igual a si próprio: "os nossos princípios não estão no mercado das sondagens". Mas as autárquicas do próximo ano ficaram fora do discurso.
Votos para 2017 só o de que no depender do PSD "será o melhor possível". Nenhuma referência ao combate eleitoral que aí vem ou aos objetivos do partido para essa disputa.
Passos voltou a defender que a receita do Governo vai trazer ao país "uma morte lenta", depois de citar o relatório do Banco de Portugal que prevê um crescimento de 1,5% em 2019. "Menos do que no ano passado", frisou Passos, que não fez questão de lembrar que as previsões não são suas.
"Eu não faço grandes previsões, pelo menos em público ", assegurou.
O discurso não acabou, porém, sem uma alusão irónica ao que chegou a ser visto como a sua previsão de que em setembro vinha ai o Diabo.
Quando disse essas palavras antes do Verão, a reunião com os deputados era à porta fechada e os jornalistas não puderam registar as palavras que o líder do PSD acha que foram mal interpretadas.
Desta vez, Passos fez para os jornalistas ouvirem votos mais natalícios de que "venham aí os três reis magos em janeiro".