Jorge Simão já não estava para assistir, Ricardo Santos ainda não tinha chegado e por isso era Carlos Pires, no banco, a assumir interinamente o clube flaviense.
Do outro lado, Nuno Espírito Santo continuou na mesma linha de pensamento e lançou os mesmos soldados que têm dado motivos para o FC Porto e adeptos portistas sorrirem, neste mês de Natal.
“Sejam Valentes. Sejam Transmontanos. Sejam… Valentes Transmontanos!”, diz o lema do Chaves. Foram. Atuação de luxo nos primeiros 45 minutos, no Dragão.
Se há cerca de um mês o Chaves tinha afastado precocemente o FC Porto da Taça de Portugal, o clube transmontano entrou com a convicção de que era capaz de repetir o feito. Rumou até à Invicta e entrou, pela primeira vez no Estádio do Dragão. A última viagem dos flavienses ao reduto portista foi… no século passado, literalmente. Jogava-se a época 1998/1999 quando os clubes se defrontaram no ainda Estádio das Antas e Jardel, na altura, deu a vitória aos azuis e brancos por uma bola.
Chaves imparável
Confiante, forte, ameaçador e esperançado. Foi desta forma que o Chaves entrou em ação e o resultado apareceu cedo. Aos 13 minutos um erro de Felipe, um pontapé de Rafael Lopes e um toque precioso de Danilo foram a combinação necessária para o aparecimento do primeiro golo da partida, que colocou o Chaves na frente do marcador.
Lopes, titular devido à lesão de Willian, marcou o segundo golo consecutivo e voltou a ser decisivo depois de dar a vitória à equipa, diante do Moreirense.
Casillas foi o elemento-chave da casa para impedir o desastre maior, ainda no primeiro tempo.
Reviravolta no Dragão
Ao minuto 54 André Silva cabeceou para o fundo das redes, mas o árbitro parou a festa depois de assinalar (mal) um fora de jogo à equipa de Espírito Santo. O Porto cresceu e depois de Casillas brilhar foi a vez do guardião da equipa contrária.
A par do autor do golo, Rafael Lopes, António Filipe foi a novidade no onze do Chaves. Ricardo, guarda-redes assíduo, estava obrigado a ficar no banco dada a simples razão de estar emprestado pelo FC Porto, mas a salvação do Porto chegou… vinda do banco. Depoitre em sete minutos marcou e relançou a equipa. Aos 77 foi o pé de Danilo que voltou a ser essencial, mas desta vez a favor da sua equipa. Pontapé bomba e reviravolta no marcador!
O FC Porto soma a quinta vitória consecutiva (em todas as competições) e não perde há 16 jogos, melhor período apresentado pelo clube do norte desde a época 2012/2013, para além de seguir invicto em casa esta temporada. Porto com razões para sorrir, em entrada de mini-férias.