Depois de o i noticiar que a juventude partidária do CDS – a Juventude Popular – havia feito uma proposta que salientava não fazer sentido ensinar a contracepção esquecendo a abstinência, a juventude do Partido Socialista (JS) reagiu na voz do deputado João Torres.
A proposta dos centristas salientava que "não é aceitável que se planifiquem, a partir do 5º ano, aulas sobre métodos contraceptivos, mas que a primeira palavra sobre abstinência sexual seja proferida apenas no 10º ano" e João Torres respondeu.
"Perdoem-me o excesso, mas quando soube que uma organização política de juventude propõe a educação para a abstinência sexual nas escolas apenas me ocorreu uma outra proposta, neste contexto certamente mais urgente: a educação para o decoro político. Felizmente para alguns, o ridículo ainda não mata ninguém", afirmou o jovem socialista.
Francisco Rodrigues dos Santos, presidente da Juventude Popular, não deixou Torres sem resposta.
Segundo Rodrigues dos Santos, o ex-líder da JS "vem hoje lançar ferozes críticas à Juventude Popular por esta defender que a crianças de 10 anos deve ser dada uma educação para a abstinência, a par do ensino sobre métodos de contracepção". Mas, para si, o socialista não se preocupou em ler a notícia e "quem vive do comentário das letras grandes, será pequeno toda a vida".
"Segundo as suas teses", atirou Rodrigues, o antigo secretário-geral da JS "prefere exorcizar o fantasma da abstinência na infância, ao passo que se banaliza a prostituição".
"Bem-vindos ao bordel intelectual de alguns senhores", terminou.