Nuno Morais Sarmento não pôs de parte a possibilidade de o partido apoiar Assunção Cristas, mas alertou que esta decisão “não pode ser vista como uma solução de recurso”.
“Não vejo que exista algum obstáculo de princípio a que o PSD apoie uma candidatura do CDS à Câmara de Lisboa, mas, para que isso aconteça, tem de ser justificado e desejado pelos dois partidos e nunca surgir como uma solução de recurso ou de mal menos” , disse o antigo ministro social-democrata, no programa da Rádio Renascença Falar Claro, onde é comentar habitual.
E não poupou críticas ao PSD pela forma como tem lidado com o processo autárquico, caracterizando-a de “absolutamente autofágico”. “O PSD tem tido um comportamento absolutamente autofágico neste processo, ao tratar desta forma e na discussão pública um tema que só faz sentido que seja tratado na reserva da relação entre os dois partidos”
Morais Sarmento defendeu que “o calendário ideal para o PSD é apresentar uma candidatura tão cedo quanto possível”, independentemente de se tratar de um candidato próprio ou de apoiar outra candidatura.
Para o social-democrata, o partido deveria ter aproveitado o tempo que esperou pela reposta de Pedro Santana Lopes – “o candidato natural” à Câmara de Lisboa – para pensar em candidatos alternativos. Ainda assim, considerou que o “PSD tem militantes que podem encabeçar uma candidatura à Câmara de Lisboa”.