Deputado do PS diz que era possível salvar o Banco Espírito Santo “se não houvesse um Passos”

Ascenso Simões culpa o ex-primeiro-ministro e o governador do Banco de Portugal pela queda do império de Ricardo Salgado.

O deputado Ascenso Simões, do Partido Socialista, lançou a polémica na rede social Twitter ao afirmar: "Todo o processo BES é uma desgraça. Sim, era possível salvar o Banco e salvar uma parte do GES se não houvesse um Passos e um Carlos Costa", culpando assim o ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ainda governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. 

Do ponto de vista do deputado socialista, "no fim vamos ver quanto é que o Sérgio Monteiro vai obrigar os contribuintes a pagar", nomeadamente devido "a perda de valor da marca", a "fuga de depósitos" e a "alienação do património externo a preço da chuva". 

Apesar de o PS ter votado favoravelmente as conclusões da comissão parlamentar de inquérito ao BES, que afirmavam indícios de fraude dentro do grupo, o primeiro -ministro António Costa já procurara recentemente responsabilizar o executivo PSD/CDS pela queda do império de Ricardo Salgado. 

Em entrevista à LUSA no final de 2016, Costa acusara o governo de Passos de destruir "um banco como o Banco Espírito Santo".

Ascenso Simões abriu 2017 na mesma senda.