António Domingues. Plano da Caixa “é verosímil e exequível”

Ex-administrador da CGD acredita que banco vá ter lucros de 200 milhões já este ano

Para António Domingues o plano da Caixa "é verosímil e exequível" e pretendia corrigir vários problemas, nomeadamente o financeiro, a insuficiência de coberturas dos ativos em risco e o capital necessário para levar a cabo a reestruturação da instituição financeira.

"Apresentei o plano em maio, creio a dia 14, foi aprovado a 2 de junho, logo enviado à Comissão Europeia e depois de ser discutido durante mais de um mês, no início de julho estava aprovado sem grandes alterações”, revelou o ex-administrador da CGD, que está a ser ouvido no Parlamento, na comissão de Finanças.

Em relação ao problema financeiro, Domingues lembrou que "a Caixa com aquela dimensão não pode viver com os mínimos se não não conseguia ter acesso ao mercado para se financiar”.

O ex-administrador salientou ainda que o plano estava assente numa política de redução de custos a ser levado a cabo até 2020. "Está previsto reduzir 2200 trabalhadores até 2020, em que cerca de 600 pessoas resultam de reformas naturais e os outros 75% são pessoas que estão a dois ou três anos da reforma". Daí, Domingues considerar que o plano é “suave e verosímil”.

Já em relação aos resultados, Domingues acredita que a Caixa deve ter lucros de cerca de 200 milhões de euros já este ano e, num cenário “altamente conservador” de taxas baixas por muito tempo, terá lucros de 700 milhões de euros de lucros em 2020.