"É um dia triste para os democratas portugueses", afirmou o presidente da Assembleia da República, em declarações aos jornalistas.
"Militante número um da democracia portuguesa. Em algum momento, todos nós, em várias gerações, tivemos Mário Soares como um herói", acrescentou.
Ferro Rodrigues assumiu que nem sempre se esteve "de acordo" com o fundador do PS, mas "provou-se muitas vezes, muitos anos mais tarde, que ele tinha razão": "Mário Soares teve razão antes do 25 de Abril, teve razão antes da queda do Muro de Berlim, teve razão antes das crises financeiras geradas por este neocapitalismo brutal a que estamos a assistir".
O presidente da Assembleia da República disse ainda acreditar que "as palavras de ordem" muitas vezes repetidas – "Soares é fixe" – vão "perdurar durante muitos anos" porque vão apropriar-se "da figura", "da imagem" e "da recordação" do histórico socialista.
Mário Soares morreu hoje, dia 7 de janeiro, às 15h28. Estava internado desde dia 13 de dezembro no hospital da Cruz Vermelha.