Sentimentos que são os seus, mas que Ferro Rodrigues acredita serem os de todos os portugueses nestes dias de despedida.
"Sei que da esquerda à direita está dor é partilhada", disse o presidente da Assembleia da República, que lembrou a coragem do fundador do PS e a forma como se bateu em todos os combates da sua vida e até ao fim.
"Preferiu sempre a intervenção e o risco ao sofá e à crítica fácil", afirmou, defendendo o papel de construtor da democracia de Soares.
"Mais do que militante número um do PS, foi o militante número um da nossa democracia", disse Ferro no discurso da cerimónia final nos claustros do mosteiro dos Jerónimos antes de os restos mortais de Soares seguirem para o Cemitério dos Prazeres.
Ferro Rodrigues acredita que Mário Soares "moldou o entendimento" que os portugueses têm hoje da Presidência da República, mas também o país, que ajudou a tornar "livre, democrático e europeu".
E é por isso que Ferro considera que "o seu exemplo vai perdurar e inspirar".