Esta britânica tinha apenas 15 anos quando decidiu ir a casa de um taxista, que aproveitando a imaturidade da adolescente, se fez passar por seu amigo, mas afinal só a queria violar, coisa que fez durante 13 anos.
O drama de Anna Ruston, nome fictício, não fica por aqui. A britânica contou à BBC que viveu momentos de horror durante mais de uma década, tendo sido mantida fechada na casa do taxista e da sua família, no centro de Inglaterra, que faziam dela escrava sexual, para seu bel-prazer assim como dos seus amigos.
O taxista, que a mulher, atualmente com 44 anos, escolhe não identificar dando apenas o nome de Malik, vivia com os irmãos, as suas mulheres, os seus filhos e a sua mãe.
"Ele chamava de 'escória branca' e dizia: Faça tudo o que eu mando ou sabes as consequências", afirmou Anna Ruston, que além dos abusos sexuais sofria também com maus-tratos dos parentes de Malik, que a oferecia aos amigos como prostituta.
A garota era sistematicamente estuprada e sofria abusos e maus-tratos também dos parentes e amigos do sequestrador, que a oferecia como prostituta.
Anna Ruston engravidou quatro vezes, mas nunca a deixaram passar tempo com os filhos. "Nunca me deixaram amamentar, mudar a fralda, ou a roupa. Simplesmente mantinham o bebé longe de mim".
Todos os quatro filhos foram-lhe retirados ainda bebés para serem entregues a desconhecidos a troco de dinheiro.
A britânica teve de ir várias vezes ao hospital por causa de ferimentos das agressões violentas de que era alvo e de tentativas de suicídio após tentativas de fuga fracassadas. Mas explica que não conseguia fugir nessas alturas, porque nunca a deixavam sozinha.
"Havia sempre três ou quatro pessoas comigo. Eu nunca ficava sozinha com os médicos e não podia falar com eles. Só abanava a cabeça", afirmou.
Mais tarde, assustada com o anúncio de Malik, que lhe comunicou que iriam para o Paquistão, decidiu arriscar e conseguiu fazer chegar um bilhete a uma assistente social que a conseguiu ajudar a fugir, aproveitando um momento de oração da família no Ramadão, de acordo com a BBC.
"Eles rezavam no quarto ao lado e eu vi que a chave estava na porta. Desci, abri a porta, senti o ar fresco e corri, corri muito até o carro da assistente social, que me esperava na esquina", revelou.
Agora, aos 44 anos, Anna Ruston decidiu contar a sua história de terror e a forma como sobreviveu no livro ‘Secret Slave’, lançado agora.