"O país político e mediático continua a discutir a posição de Pedro Passos Coelho sobre a TSU. Continua a ser vítima do spin mediático de António Costa. Da sua forma de estar e fazer política, cada vez mais parecido com Tullius Detritus do Astérix, o especialista em estratagemas que semeia a discórdia e desaparece como se não tivesse nada que ver com o assunto", escreve Aguiar-Branco na sua página de Facebook.
O social-democrata que chegou a ser crítico de Passos e é visto como potencial candidato a Passos afasta-se, por isso, do coro de senadores sociais-democratas que atacam a estratégia que vai levar o PSD a ajudar BE e PCP a travar o desconto na TSU que o Governo prometeu aos patrões como contrapartida ao aumento do salário mínimo nacional.
"A questão não é saber o que Silva Peneda, Marques Mendes ou os patrões pensam sobre o líder do PSD. A questão, que continua por colocar e responder, é saber da boca de Catarina Martins e Jerónimo de Sousa que outras medidas de António Costa podem fazer cair este Governo", defende, considerando que o facto de os partidos que apoiam o Executivo não estarem alinhados pode ter consequências na estabilidade governativa.
"Não foi o PSD que andou a incentivar o BE e o PCP a abandonar o apoio ao governo. Não foi o PSD que decretou, unilateralmente, o aumento do salário mínimo pago com as pensões de todos os portugueses. É António Costa e os partidos que o sustentam que devem uma explicação ao país. Não é Pedro Passos Coelho", argumenta.
Depois de Paulo Rangel ter vindo a público defender Passos, agora é a vez de outro putativo candidato à liderança do PSD defender a estratégia de oposição social-democrata.