O ex-presidente da CGD, Carlos Santos Ferreira, garantiu que “o volume de imparidades da Caixa é consistente com as do setor”, garantiu aos deputados durante a comissão de inquérito à instituição financeira. O responsável remeteu ainda para uma carta circular de 2014 onde constam as imparidades pela sua origem, garantindo que se pode ver que “o montante das imparidades no período entre 2005-2007, 2008-2010 e 2009-2013 são muito similares e equilibrados”.
Santos Ferreira não avançou, no entanto, com informações sobre a forma como era concedido o crédito acima de 50 milhões de euros, dizendo apenas que continuou a usar o método que já vinha da liderança de Vítor Martins.
Já em relação aos créditos que poderiam ter sido concedidos durante a sua liderança a empresas como a Auto-estradas Douro Litoral, Grupo Lena, Grupo Espírito Santos e Pescanova, o ex-presidente disse apenas que teria de o confirmar em documentos que não tem agora acesso, uma vez que, não são públicos. “Iria estar a mentir se respondesse sim ou não”, salientou.
Um argumento que voltou a ser usado quando foi questionado sobre os empréstimos que foram concedidos durante o seu mandato para comprar ações do BCP. “Não recordo os nomes”, mas acrescentou que “eram uma prática normal na maioria das instituições nacionais e estrangeiras e não eram um exclusivo do banco público”.