O responsável máximo do departamento governamental de Antiguidades e Museos da Síria já tinha sido informado, há umas semanas, sobre a destruição parcial de mais dois monumentos históricos em Palmira, mas decidiu esperar pelas imagens de satélite para poder divulgar a notícia.
Em declarações ao “El País”, Maamoun Abdulkarim revelou que os combatentes do grupo terrorista Estado Islâmico destruíram “grande parte do Tetrapylon” e causaram “sérios danos” à fachada do anfiteatro romano. “Estamos perante um exército de bárbaros, determinado em eliminar Palmira, através da sua guerra cultural. Quanto mais tempo [a cidade] estiver nas mãos do Estado Islâmico, menos sobrará”, lamentou Abdulkarim.
O grupo terrorista tinha sido expulso da cidade – património da mundial da UNESCO, pelos seus monumentos pré-islâmicos, com mais de 2 mil anos – pelas forças de Bashar al-Assad, em março do ano passado, mas aproveitou a mobilização do exército sírio para Alepo e a chegada de cerca de 4 mil jihadistas, vindos de Mossul, no Iraque, para reconquistar Palmira, nos últimos dias de 2016.
Em comunicado, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, catalogou a destruição como “um novo crime de guerra e uma perda enorme para o povo sírio e para a humanidade”.