De acordo com o estudo, a carne é guardada a temperaturas demasiado altas nos talhos, além de terem sido encontrados "milhões de bactérias por grama", como salmonela e outras de origem fecal.
"Desaconselhamos de todo a compra de carne previamente picada e de hambúrgueres frescos já preparados nos talhos", disse o técnico Nuno Lima Dias, à agência Lusa. Para o especialista, o Governo devia proibir a venda deste formato.
No âmbito do estudo, a Deco comprou hamburgueres de vaca em 25 talhos, pedindo que estes não tivessem cereais ou vegetais, para que assim não fosse suposto encontrar sulfitos, mas a verdade é que estes conservantes, usados de forma ilegal, foram identificados em 80 por cento das amostras.
Os sulfitos podem provocar vários problemas e patologias de náuseas, dores de cabeça a alergias, e problemas respiratórios. Nalguns casos, embora raros, as reações alérgicas podem mesmo ser fatais.
“Os consumidores estão desprotegidos”, afirmou o técnico, explicando que não há forma de detetar a qualidade e frescura da carne, em especial se os talhos utilizam os sulfitos, que evitam o escurecimento da carne.
A Deco aconselha a escolher-se a peça de carne, inteira, e pedir para picar na hora, ou comprar e depois picar em casa.
Na confeção, deve cozinhar-se bem a carne e evitar que entre em contacto com outros alimentos que sejam consumidos crus.
Nuno Lima Dias afirmou ainda que nenhum dos resultados dos talhos ficou acima do “razoável” e que a “grande maioria dos estabelecimentos chumbou.