O presidente do Santander Totta afirma que "não precisa de nenhum veículo para o malparado", acrescentando ainda que a instituição financeira tem "capacidade para gerir os seus créditos e para vender carteiras de crédito".
Ainda assim, Vieira Monteiro admite que “pode aparecer alguma proposta que nos possa interessar”. E caso isso aconteça, o banqueiro promete analisar essa solução.
Esta é a reacção do presidente do Santander Totta à proposta que foi divulgada esta manhã, em que um consórcio liderado por António Esteves, ex-partner do Goldman Sachs, propôs ao governo e ao Banco de Portugal pagar 15 mil milhões de euros para ficar com o malparado da banca nacional.
Em causa estão os empréstimos em moratória, cujo reembolso ou pagamento de juros decorre fora dos prazos, já que estão em dívida há mais de 90 dias.
Contra nacionalização do Novo Banco
O presidente do Santander Totta mostrou-se também contra uma possível nacionalização do Novo Banco. "Os custos da nacionalização não estão determinados, mas as experiências anteriores mostram que são sempre grandes", revelou Vieira Monteiro.
O banqueiro disse ainda que ainda tem dúvidas sobre o interesse desta questão quando já há um outro banco público. "O que fazem dois bancos públicos? Pode haver alguma distorção da concorrência", questionou.
Recorde-se que, o Santander Totta apresentou, esta quarta-feira, um resultado líquido de 395,5 milhões de euros em 2016. Este valor representa uma subida de 35,8% face ao ano anterior.