Antes do interesse mundial no cultivo de canábis, a primeira substância controlada a chamar a atenção das farmacêuticas foi o ópio, usado no fabrico dos medicamentos opioides, prescritos quando os analgésicos de primeira linha não resultam.
Segundo o Infarmed, atualmente há duas entidades licenciadas no país para o cultivo de papoila de ópio nos distritos de Beja, Évora e Portalegre. Está previsto, entre 2015 e 201,7 um cultivo de 640 hectares, sendo expectável a recolha de 975 toneladas para exportação – portanto, um mercado muito mais desenvolvido do que o da canábis medicinal.
De acordo com informação publicada em Diário da República, as empresas em causa são a TPIH – Poppygrowing e a Macfarlan Smith Limited.
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Nos últimos anos, o consumo excessivo de opioides fortes, que podem causar dependência e nos EUA matam 14 mil pessoas/ano, tem estado no radar das autoridades. A nova era dos canabinoides é vista como uma alternativa no alívio da dor, embora os estudos sobre o uso terapêutico de canábis – e como deve ser utilizada – ainda estejam a decorrer.