O PCP apresentou um pedido de apreciação parlamentar do decreto-lei que transferiu a Carris para a autarquia da capital.
O PCP apresenta três razões “essenciais” contra “a municipalização” da Carris. “Em primeiro lugar, porque é o Estado Central que tem a capacidade e a responsabilidade de assegurar o financiamento deste serviço público”.
“Em segundo lugar, porque nas áreas metropolitanas os transportes devem ter uma resposta metropolitana” e, por último, porque “é no setor Empresarial do Estado que os direitos dos trabalhadores da Carris melhor estão garantidos”.
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que a transferência da Carris para a Câmara de Lisboa mostra que o "bom senso prevaleceu sobre o fanatismo ideológico".
A tentativa do PCP de travar este processo pode vir a ser bem-sucedida com o apoio da direita. Os sociais-democratas já contestaram a decisão do governo de entregar a Carris à autarquia. O Bloco de Esquerda está ao lado do PS e á favorável à municipalização da empresa.