Os ambientalistas protestaram e o Governo foi logo a correr anular as concessões de exploração de petróleo ao largo do Algarve.
As empresas prejudicadas, uma de Sousa Cintra e a outra ligada à Gulbenkian, protestaram e disseram que era uma vergonha o Governo afastar de uma forma ligeira um investimento que poderia ser importante para a anémica economia portuguesa.
Mas sexta-feira, para surpresa geral e embaraço do primeiro-ministro António Costa, o Bloco de Esquerda revelou no Parlamento que a Galp tem 60 dias para procurar petróleo no mar, com a licença a ser válida até 2019.
Mais concretamente, a licença foi concedida à italiana Eni – a operadora do consórcio com a Galp – no dia 11 de janeiro e conta com a assinatura do director-geral Miguel Sequeira, revelou o Jornal de Negócios.
A licença prevê a «sondagem de pesquisa de petróleo no deep offshore da bacia do Alentejo – Furo Santola1x, no âmbito do contrato de concessão».
A profundidade inicial vai ser de 1.070 metros, e o furo vai ter lugar entre os 2.500 metros e os 3.000 metros. O furo vai ter lugar 46,5 quilómetros ao largo de Aljezur na bacia do Alentejo.