O novo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) já veio afirmar que o plano de recapitalização desenhado por António Domingues é "bastante robusto" e garantiu que a atual administração que, assumiu funções na passada quarta-feira, vai executá-lo.
“Parece-me um plano bastante robusto, um plano que já foi aprovado, submetido, divulgado e partilhado com diversos ‘stakeholders’ [interessados] e nesse sentido estamos confiantes de que é um bom plano para a Caixa”, disse Paulo Macedo.
No entanto, o novo presidente disse também que irá fazer uma avaliação mais aprofundada sobre o plano desenhado para a Caixa, mas também considerou que é importante cumprir aquilo que foi acordado com as autoridades europeias, nomeadamente a Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, considerando que aumentará a "solidez" do banco público e reforçará a confiança de depositantes e restantes clientes.
Recorde-se que, a primeira fase de recapitalização do banco público foi concluída a 4 de janeiro com o aumento do capital social do banco público em 1445 milhões de euros, através da conversão em capital de 945 milhões de euros (e respetivos juros) dos instrumentos de capital contingentes (CoCos) subscritos pelo Estado em 2012 e de 500 milhões de euros respeitantes à passagem para a CGD das ações da sociedade Parcaixa.
Quanto à segunda parte, e também a principal, passará pela injeção pelo Estado português de até 2700 milhões de euros no banco e por uma emissão de dívida subordinada de até mil milhões de euros, a colocar junto de investidores institucionais privados.