Mário Centeno: “Reiterei ao primeiro ministro ‘o meu lugar, naturalmente, está à sua disposição desde o dia em que iniciei funções’”

Mário Centeno eslareceu em conferência de imprensa as dúvidas que têm surgido sobre a CGD

Mário Centeno respondeu a questões acerca da polémica da Caixa Geral de Depósitos, que têm surgido ao longo das duas últimas semanas, sobre as negociações com António Domingues para a liderança da CGD. 

O Ministro das Finanças afirma que nunca negou que houvesse acordo, mas que tal não invalidava o dever de entrega da declaração de rendimento e património, “acordo do Governo para alterar estatuto de estatuto público. Acordo de Governo para eliminar aquele dever, não houve”.

Mário Centeno adianta também que “ao analisar este longuíssimo e complexo processo admito que não possa ter afastado do entendimento de António Domingues, por eventual erro de perceção mútuo, a ideia de que acordo poderia cobrir de alguma forma a eliminação do dever declaração ao Tribunal Constitucional".

Centeno avançou que reiterou ao primeiro ministro, “o meu lugar, naturalmente, está à sua disposição desde o dia que em que iniciei funções”.

Em seguimento de questões colocadas pela imprensa,  Mário Centeno adiantou que “ao longo de todo este processo, um processo recheado de sucessos para o país, sempre me pugnei pela seriedade, sempre falei verdade, incluindo perante os órgãos de soberania.

Sobre as alterações ao estatuto de gestor público que estariam a ser negociadas em outubro do ano passado, “a ideia de retirar estatuto ao Conselho de Administração sempre foi o de que a CGD passasse a ser tratada como qualquer outro banco nessa dimensão”. O objetivo foi colocar a CGD num nível de concorrência com as outras instituições bancárias e permitir que o Estado conseguisse uma capitalização em condições de mercado, sei ajuda do Estado. Foi nesse sentido que legislámos”, afirma.